segunda-feira, 11 de abril de 2011

O dia em que a cidade parou

Santo André parou. Hoje, dia 11/04/2011, a cidade travou. Num trecho de aproximadamente 2 km, que costumeiramente se percorre, de ônibus, em 3 minutos, foram gastos 25. Isso às 8:30 da manhã, no contra fluxo de quem vêm à cidade para trabalhar, ou apenas de quem passa por ela rumo à capital ou às outras cidades próximas (São Bernardo do Campo e São Caetano do Sul). Parecia a 23 de maio às 18 horas numa sexta feira chuvosa, não fosse o fato de que era a Avenida Perimetral (e também, em sua continuação, a Avenida Santos Dumont e Avenida Giovanni Batista Pirelli), numa segunda feira ensolarada, de manhã. Sim, a cidade travou.

O que era (é) comum apenas em dias de chuva e nos horários de pico ficou banal. A partir de hoje, em horários de ida e volta pra casa dos trabalhadores e estudantes, independente do dia ou do clima, Santo André vai parar. Parar, pra nunca mais andar como antes.  A quantidade de ruas já não comporta o crescente número de carros que circulam.  A companhia de tráfego, em vez de orientar, tem como função única multar os carros que bloqueiam os faróis "desinteligentes" (sim, "desinteligentes porque pode-se facilmente verificar faróis que privilegiam as ruas secundárias em detrimentos às avenidas, que comportam o grosso do trânsito).

O transporte público, que poderia amenizar esse problema, é insuficiente, tanto em número quanto em qualidade (os ônibus são novos, é verdade, mas não há integração entre as linhas, exceto quando se é estudante, e de forma muito restrita; algo como o Bilhete Único, uma das boas ideias do administração paulistana em meados dos anos 2000, por aqui sequer é considerado). Não discutirei, pelo menos não agora, o (des)respeito aos horários e aos itinerários das linhas municipais, mas isso fica para outra oportunidade.

Outro agravante é a condição precária das vias, principalmente daquelas que não são as principais, mas que também são importantes para ajudar a desafogar o trânsito pesado em momentos críticos. Ruas esburacadas, mal iluminadas, sem sinalização, seja por placas ou no asfalto, também contribuem para a instauração do caos na cidade.

Pra finalizar, e esclarecer, tudo o que foi posto não é uma crítica só a administração atual, até porque os problemas mencionados vêm de longa data, mas o fato é que, no dia 11/04/2011, às 8:30 da manhã, a cidade parou. Parou, e nunca mais voltará a ser como antes.

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