sábado, 11 de maio de 2013

Por nossos filhos


Que o governador, que, entre outras afrontas, nomeou como secretário particular um indivíduo que nega ter havido torturas e mortes no Brasil durante o regime militar, aja da forma como agiu, não nos causa espanto. Afinal, essa não é primeira vez que Vossa Excelência solta seus cachorros em cima de pessoas que não representam perigo a quem quer que seja. Lembremos do Pinheirinho... Enfim, não se poderia esperar outra atitude além da que foi tomada.

Que a PM tenha espancado professores, esses elementos altamente perigosos, com a valentia e coragem habitual, dando porradas em gente desarmada, despreparada para o confronto, ao contrário deles próprios, defensores da ordem devidamente adestrados e armados até os dentes, com cassetetes, spray de pimenta, bomba de efeito moral e balas de borracha também não surpreende. Afinal, essa polícia sempre primou por sua bravura, como podemos notar nos recentes confrontos com a facção criminosa que age nos presídios e nas ruas de São Paulo.



Que a mídia trate professores como vagabundos, seres dispensáveis cujo único objetivo é o de atrapalhar o trânsito da já caótica capital paulistana, é absolutamente compreensível. Não se pode esperar muito mais de quem tenta nos passar uma visão distorcida da realidade, e que por isso vê sua credibilidade ruir dia após dia, felizmente num caminho que parece sem volta.

Que nos calemos de forma cúmplice, num misto de letargia e negligência com o futuro dos nossos filhos e netos, ou pior ainda, que avalizemos tudo o que foi exposto nos parágrafos anteriores, já não é aceitável ou inteligente. Pelo contrário. Esse silêncio nos torna piores do que todos eles. Eles certamente defendem apenas seus interesses ao tomar as ações que tomam e beneficiam-se com esse cenário. Nós não. Só temos a perder, nós e nossos filhos, caso não nos movimentemos. Abracemos, pois, incondicionalmente, a causa dos nossos professores. Essa luta vale a pena ser lutada.





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